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Quem é mais inteligente: cientistas de foguetes ou cirurgiões cerebrais?

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Uma das coisas que se pode considerar como inteligência é a capacidade de absorver um conhecimento e conseguir aplicá-lo ao seu dia a dia. Ou seja, essa é a habilidade de entender uma informação nova e de responder a ela de uma forma consciente e criativa. Esse é definitivamente um dos pontos que faz considerar se uma pessoa é inteligente.

Dentre aqueles que se chamam de inteligentes, existem algumas profissões que parecem ser “exclusivas” de uma pessoa inteligente. Como por exemplo, cientistas de foguetes ou então neurocirurgiões. No entanto, em uma batalha de inteligência, quem será que seria mais inteligente entre essas profissões?

Na edição de natal da “BMJ”, uma equipe de neurocientistas tentou descobrir, de forma científica, quem seria merecedor desse título de mais inteligente.

Inteligente

INC

“Acredita-se que a frase ‘Não é ciência de foguetes’ se originou na América nos anos 1950. Quando cientistas de foguetes alemães foram trazidos para apoiar o desenvolvimento do programa espacial e o projeto de foguetes militares. A origem de ‘Não é cirurgia cerebral’ é menos clara. É tentador especular que as técnicas pioneiras do polímata e neurocirurgião Harvey Cushing capturaram a atenção do público e divulgaram a frase”, disse uma equipe de pesquisa liderada pela neurocientista Inga Usher, da University College London.

Independente dessas origens verbais dos ditados, os pesquisadores analisaram os resultados de testes cognitivos de 329 engenheiros aeroespaciais e 72 neurocirurgiões. Eles fizeram isso comparando as habilidades dos participantes na resolução de problemas. Como por exemplo, planejamento e raciocínio, memória de trabalho, atenção e habilidades de processamento de emoções.

Como resultado, eles viram que existem pequenas diferenças entre os dois grupos. Isso mostra que nenhum lado é muito mais inteligente do que o outro.

“Os neurocirurgiões mostraram pontuações significativamente mais altas do que os engenheiros aeroespaciais na resolução de problemas semânticos”, disseram os pesquisadores.

Estudo

Barrowsneuro

Uma possibilidade para esse resultado, de acordo com os pesquisadores, é que os neurocirurgiões têm uma exposição à terminologia médica que se deriva do grego e do latim. Então, isso pode lhes dar uma vantagem linguística.

“Os engenheiros aeroespaciais mostraram pontuações significativamente mais altas em manipulação mental e atenção. Não se encontrou nenhuma diferença entre os grupos nas pontuações de domínio para memória, resolução de problemas espaciais, velocidade de resolução de problemas e velocidade de recuperação da memória”, explicaram os pesquisadores.

Depois de comparar os ditos inteligentes, os pesquisadores os compararam com o resto da população. A comparação foi feita com 18.257 membros da população geral. Como resultado, eles encontraram somente algumas pequenas diferenças nas proezas cognitivas.

“Quando se comparou as pontuações de cada grupo para os seis domínios com as da população em geral, apenas duas diferenças foram significativas: a velocidade de resolução de problemas dos neurocirurgiões foi mais rápida e sua velocidade de recuperação da memória foi mais lenta”, pontuaram eles.

Resultado

AANS neurosurgeon

Em suma, parece que qualquer pessoa tem um potencial para ser muito inteligente no nível de um cientista de foguete ou cirurgião cerebral. Pelo menos de acordo com esse experimento feito.

“Em situações que não exigem uma solução rápida de problemas, pode ser mais correto usar ‘Não é uma cirurgia no cérebro’. Mas em situações em que a recuperação rápida de informações é necessária, deve se evitar essa frase”, ressaltaram os pesquisadores.

Embora existam várias formas de ser inteligente, não há dúvidas de que os neurocirurgiões e engenheiros aeroespaciais precisam de uma quantidade de conhecimento bem grande para conseguirem fazer seus trabalhos de forma bem sucedida. Contudo, talvez as pessoas deem muito crédito para os dois lados.

“É possível que neurocirurgiões e engenheiros aeroespaciais sejam desnecessariamente colocados em um pedestal e ‘É um passeio no parque’ ou outra frase não relacionada à carreira seja mais apropriada. Também é possível que outras profissões mereçam estar nesse pedestal, e o trabalho futuro deve ter como objetivo determinar o grupo mais merecedor”, concluíram os pesquisadores.

Fonte: Science Alert

Imagens: INC, Barrowneuro, AANS neurosurgeon

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