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Rebeca Andrade, a campeã olímpica que ainda vai quebrar muitos recordes

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O Mundial de Liverpool será marcado na história da ginástica artística do Brasil graças a Rebeca Andrade. A atleta conseguiu ganhar a categoria individual geral, título inédito, a prova mais nobre da modalidade. 

Campeã olímpica, a ginasta de 23 anos já traça novos objetivos. Atualmente, ele está disputando mais três finais por aparelhos neste fim de semana em busca de recordes.

“A gente está conseguindo mostrar o que a gente pode fazer. Espero continuar fazendo história. Eu tenho a dimensão, assim como foi nas Olimpíadas. É mostrar tudo que o Brasil é capaz mesmo. A gente tem talento, a gente tem potencial. E a cada competição a gente vem mostrando isso. Foi um orgulho enorme para o meu país, para mim, para o Chico, que é meu treinador. É isso. Fazer o nome do Brasil crescer e mostrar que a gente tem capacidade para fazer o que a gente quiser mesmo.”

Rebeca Andrade entrará novamente na arena de Liverpool no sábado, às 11h (de Brasília), para a final das barras assimétricas, seu aparelho favorito, no qual é vice-campeã mundial.

Já no domingo, a partir das 10h30, ela tenta trave e no solo, com seu último Baile de Favela. 

Veja abaixo a apresentação que garantiu o ouro de Rebeca Andrade:

Recordes

Foto: Ricardo Bufolin/ CBG

Novas medalhas podem levar Rebeca a cinco novos recordes.

  • Primeira brasileira a conquistar três medalhas em uma única edição do Mundial. Vale lembrar que ano passado Rebeca já foi a primeira brasileira a subir duas vezes no pódio de um só Mundial. Atualmente, sua marca pode ser estendida para quatro, mesmo que não seja favorita na trave.
  • Além disso, Rebeca também pode se tornar a ginasta do Brasil com maior número de medalhas na história do Mundial entre homens e mulheres. Caso ganhe três medalhas em Liverpool, Rebeca Andrade vai empatar com Diego Hypolito em número de pódios em Mundiais, chegando a cinco conquistas. A atleta pode até ultrapassar o bicampeão mundial do solo.
  • Rebeca Andrade também pode se tornar a ginasta do Brasil com maior número de medalhas somando Mundiais e Olimpíadas. Se conseguir três medalhas em Liverpool, Rebeca vai chegar a sete pódios e ultrapassar Arthur Zanetti e Diego Hypolito, que têm seis medalhas, entre Olimpíadas e Mundiais.
  • Além disso, ela pode conseguir o recorde de número de ouros de um brasileiro no Mundial. Campeã do salto em 2021 e campeã do individual geral de 2022, Rebeca já igualou Diego Hypolito em número de ouros conquistados no Mundial. Antes, Hypolito era o ginasta do país que subiu no topo do pódio mais de uma vez. Com mais um ouro, Rebeca se torna a recordista.

O último recorde que Rebeca pode ter é o de 12ª ginasta da história a ter medalhas de todas as provas individuais do Mundial. Esse feito já foi alcançado por Simone Biles (EUA), Svetlana Khorkina (RUS), Larisa Latynina (URSS), Lavinia Milosovici (ROM), Aliya Mustafina (RUS), Ludmilla Tourischeva (URSS), Elena Shushunova (URSS), Ecaterina Szabo (ROM), Helena Rakoczy (POL), Natalia Kuchinskaya (URSS) e Olga Korbut (URSS).

Daiane e Diego Hypolito se emocionam após título de Rebeca Andrade

Foto: Reprodução/ Globo Esporte

A dupla Daiane dos Santos e Diego Hypolito se emocionaram após Rebeca Andrade se consagrar campeã. Os comentaristas se abraçaram e comemoram que a brasileira se tornou a ginasta mais completa da atualidade.

“É muito bom. Não tem nem como expressar o quão bom é ver a Rebeca no lugar mais alto do pódio. Estamos esperando desde o ano passado que isso aconteça. Bateu ali, foi muito perto. Ela foi a segunda melhor nos Jogos Olímpicos. E hoje ela é a melhor. E a Jones foi a segunda melhor. Duas mulheres pretas representando essa referência, essa presença, em uma sociedade que ainda é excluída, sacrificada. O recado está dado aí”, declarou Daiane dos Santos.

Já Diego Hypolito expressou que o título de Rebeca Andrade é algo que os atletas não acreditavam ser possível 20 anos atrás. Ele também destacou que a jovem veio de um projeto social e conquistou o mundo

“O mais importante é que se tornou um ídolo que traz esperança às pessoas. É possível vir de baixo e alcançar lugares imensos. A gente, muitas vezes, acha que os pobres não têm direito às mesmas coisas que o rico. Vir de um projeto social e se tornar a nossa maior referência na história da ginástica mostra que tudo é possível com fé e trabalho duro. Parabéns, Rebeca.”

Fonte: Globo Esporte

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