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Sistema nunca visto antes para queimar gordura profunda foi visto em ratos

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Emagrecer pode ser um processo muito doloroso e difícil para algumas pessoas. A obesidade e as disfunções metabólicas tornam todo o processo de perda de peso muito mais complicado. E algumas pesquisas acreditam que possa ter um gene ligado ao ganho de gordura e também à sua perda.

Agora, uma variedade de experimentos em ratos mostrou um processo fundamental pelo qual o cérebro e o sistema imunológico se comunicam para queimar reservas profundas de gordura visceral.

Essa foi a primeira vez que os cientistas conseguiram identificar uma via neuroimune que está ligada diretamente com o controle de gordura. Por mais que essas descobertas sejam limitadas aos ratos, se tem esperança de que o sistema também se estenda para outros mamíferos, como em nós humanos.

Gordura profunda

A chamada gordura visceral profunda é a matéria que envolve os órgãos abdominais. Sua presença é essencial para se manter as funções fundamentais do corpo. Assim como a maioria das formas de gordura. Contudo, acumular muito também pode causar problemas de saúde, como por exemplo, doenças cardíacas e câncer.

Justamente por esse motivo que entender e saber como ela se acumula poderia ajudar os pesquisadores a combater a obesidade em crianças e também as doenças relacionadas à obesidade. No entanto, esse é um processo bem complicado.

Os cientistas começaram a suspeitar, nos últimos anos, que o sistema nervoso e o imunológico estejam trabalhando juntos para controlar a gordura visceral. Até porque, a gordura amarela não abriga somente fibras nervosas, como também células do sistema imunológico. Mas essa comunicação entre os sistema é bem difícil de se definir.

Estudos

 

Estudos anteriores já tinham sido feitos. E se descobriu que a gordura profunda em volta do pulmão é controlada por mensagens entre os nervos e pelas células do sistema imunológico. No entanto, analisando a gordura profunda em volta dos ovários ou testículos de um rato, essa comunicação não foi encontrada.

“Os neurónios e as células imunitárias não se falavam. Então, investigamos outros candidatos no tecido, finalmente encontrando um ‘intermediário’ bastante inesperado”, explicou a bióloga molecular Ana Filipa Cardoso, do Centro Champalimaud para o Desconhecido, em Portugal.

O que antes os pesquisadores pensavam ser apenas um espectador celular acabou se tornando um mediador crítico. Na realidade, os pesquisadores ignoravam as células mesenquimais (MSCs) até bem recentemente.

“A opinião generalizada era de que elas produziam principalmente o andaime do tecido, sobre o qual outras células ‘fariam o trabalho’. No entanto, os cientistas descobriram que as MSCs desempenham múltiplas funções ativas essenciais”, disse o imunologista Henrique Veiga-Fernandes, também do Centro Champalimaud.

Análises

Por conta dessa importância do núcleo do hipotálamo n regulação do metabolismo do corpo, os pesquisadores levantaram a hipótese de que essa área do cérebro é um “centro central” para o controle da gordura. É a partir dele que se envia as mensagens para as células imunológicas específicas dentro da gordura profunda com o objetivo de garantir o equilíbrio de energia no corpo todo.

“É como se as células neurais e imunológicas não falassem a mesma língua e as MSCs servissem de intérprete. Visto dentro de um contexto mais amplo, faz sentido. As MSCs constituem efetivamente o ‘ecossistema’ do tecido e, portanto, estão perfeitamente situadas para ajustar a atividade de outras células”, explicou Veiga-Fernandes.

Esse estudo é o primeiro exemplo claro de um circuito corpo-cérebro que ensina as células do sistema imunológico a queimar gordura. De acordo com Veiga-Fernandes, existem vários cientistas bastante esperançosos que um dia isso possa ser imitado para controlar os estoques profundos de gordura nas pessoas que tem níveis particularmente prejudiciais.

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