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Verdades e mitos a respeito da dor muscular tardia

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É comprovado cientificamente que a prática de exercícios prolonga a vida e aumenta a qualidade dela. Nessa prática, todos nós já ouvimos a frase “no pain, no gain”, que traduzida quer dizer “sem dor, sem ganho” se referindo à dor muscular depois de se fazer exercícios. Mas será que essa relação é realmente necessária?

Essa pergunta e relação intriga muitos estudiosos, por isso sempre vários estudos e pesquisas são feitos a respeito dela. A dor muscular tardia (DMT) é aquele incômodo que se sente nos dias depois de se fazer alguma atividade física intensa. Geralmente, essa dor atinge a musculatura e até as articulações do corpo. A intensidade da dor pode variar entre leve, moderada e forte. O melhor é que ela tende a passar de forma natural sem que se precise tomar algum tipo de medicamento.

Mas será que o “no pain, no gain” é sempre necessário? Alguns especialistas falaram sobre esse assunto e responderam algumas dúvidas revelando mitos e verdades a respeito da dor muscular tardia.

1 – Sentir a dor muscular tardia é normal?

Rais life

A resposta é sim! “É uma resposta do organismo em defesa ao processo inflamatório responsável pelas dores musculares depois dos exercícios. Conhecido como dor muscular tardia (DMT) essa sensação de desconforto na musculatura ou de estar com o corpo travado é normal”, explicou o fisioterapeuta Cadu Ramos.

2 – Qualquer um pode tê-la?

Daniel Souto Ortopedista

De novo, sim! “É aquela famosa dorzinha gostosa do outro dia, costuma aparecer cerca de 24h a 48h depois de um estímulo ao qual o seu corpo não está condicionado. Os iniciantes sofrem bastante com essa dor, mas os atletas avançados que treinam muito pesado, a fim de superar suas marcas, também costumam continuar sentindo a DMT, ainda que em menor escala”, disse o treinador Leandro Twin.

3 – É preciso sentir dor para ter uma evolução?

Seleções

Muita gente acredita nesse mito, mas a realidade é que não! Justamente pelo fato de a dor muscular tardia aparecer até nas pessoas que já são bem condicionadas, várias pessoas acreditam que ela funciona como um indicativo de produtividade. Contudo, isso não é necessariamente uma verdade absoluta.

“Essa dor não está ligada aos ganhos. A maioria das pessoas não sente dor muscular tardia, principalmente quem treina com maior frequência ABC 2X. Quem treina cada grupamento muscular uma vez por semana costuma sentir mais por conta da menor frequência entre os treinos, mas não necessariamente gera mais resultados”, pontuou Twin.

4 – Pode fazer exercício sentindo dor?

Musculação

Como a dor muscular tardia tem uma relação com a recuperação muscular, o que se recomenda é dar um intervalo entre as atividades para que o organismo consiga se livrar dessa dor e se preparar para um novo estímulo na região dolorida. “É preciso ter cautela e respeitar os limites do corpo no próximo treino ou dar mais um dia de descanso naquela semana”, ressaltou Ramos.

Contudo, para aquelas pessoas que já são mais acostumadas e condicionadas à prática de exercícios, é possível sim fazer um trabalho específico em que o treino, mesmo com dor, seja necessário.

“Existe um momento da periodização em que aplicamos uma carga de treinamento muito intensa, chamada: carga de choque. Esse tipo de treinamento envolve atacar o músculo de uma maneira muito severa a fim de que, quando ele for se recuperar, tenha uma supercompensação e quebre um platô. É muito utilizada quando o indivíduo se encontra em platô ou chegando em um”, disse Twin.

Entretanto, Twin faz uma ressalva, “a carga de choque deve ser programada e, posteriormente a ela, obrigatoriamente deve-se vir uma carga regenerativa. Se for aplicada uma carga normal de treinamento, estabilizadora ou ordinária, nós corremos um sério risco de lesão ou de overtraining”.

5 – É normal a dor muscular demorar passar?

G1

Isso não é uma coisa normal. Por isso que, se a dor muscular tardia não passar ou diminuir em até 72 horas e for aguda e latente, parecida com uma pontada, ou então vier junto de hematomas, vermelhidão ou inchaço, pode ser que tenha acontecido uma lesão mais séria na região. Se esse for o caso, o recomendável é que a pessoa procure ajuda de um profissional o mais rápido possível.

“É importante saber que a atividade física é sinônimo de saúde e antônimo de dor. Se qualquer incômodo não amenizar com dois dias de pausa nos treinos é essencial não negligenciar ajuda. A reabilitação, na maioria das vezes, permite o retorno aos treinos muito mais rápido e é bem mais eficaz do que a insistência em se recuperar sozinho e acabar criando um problema ainda maior”, concluiu Ramos.

Fonte: Sport life

Imagens: Rais life, Daniel Souto Ortopedista, Seleções, Musculação, G1

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