Gerar um filho e dar à luz uma nova vida é uma das emoções mais intensas que alguém pode viver na vida. A data provável para um bebê nascer, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é 40 semanas depois do primeiro dia da última menstruação.
Se o parto acontecer com 37 semanas é considerado prematuro, após a 42º semana, pós-termo. Nos dois casos, os riscos de complicações aumentam muito. Mas ainda existem outras complicações, que podem acontecer na hora de uma mulher dar à luz ou então surpresas que ninguém estava esperando.
Como por exemplo, esse menino que nasceu com três pênis. Esse foi o primeiro caso relatado de triphallia humana, que é a condição na qual três pênis se formam no desenvolvimento embrionário.
Esse menino era de Duhok, no Iraque. E ele foi visto pela primeira vez por médicos quando ele tinha três meses de idade. O bebê passou por uma cirurgia para remover os dois falos, que eram na verdade pequenas projeções na base do pênis e do escroto. E o terceiro falo estava no local normal.
Segundo um estudo de caso publicado em novembro, o menino estava bem em uma consulta de acompanhamento feita depois de um ano da cirurgia.
Essa condição de pênis extras ou “supranumérios” é congênita e rara. Ela acontece apenas uma vez a cada entre cinco e seis milhões de nascidos vivos, conforme explicam os pesquisadores.
O nível de desenvolvimento desses falos varia de pessoa para pessoa. Nesse caso em específico, os pênis extras tinham o tecido erétil, chamado corpo cavernoso, que se enche de sangue durante a excitação. Além de um tecido chamado corpo esponjoso, que ajuda a sustentar a uretra, que é o tubo pelo qual a urina passa. Contudo, os pênis adicionais não tinham uretra. Isso fez com que a remoção deles fosse mais fácil.
Segundo John Martin, professor de anatomia da Escola de Medicina da Universidade de St. Louis, que não participou do estudo, não se sabe muito a respeito do motivo de acontecer casos de pênis supranumerários.
Martin e sua equipe ensinam anatomia com corpos doados por um programa de doação. E uma vez eles descobriram que um dos corpos doados tinha diphallia. O homem tinha morrido aos 84 anos e tinha dois pênis em tamanho real com uma abertura uretral entre eles na base.
O doador não mencionou a condição nos formulários. O homem tinha dois filhos, mas os pesquisadores não sabiam se eram filhos biológicos ou se alguma tecnologia reprodutiva foi usada para que o homem tivesse filhos.
“Ele morreu no início dos anos 2000, então quando ele estava crescendo a cirurgia não era uma opção, talvez. É muito diferente de hoje, onde algo assim teria sido detectado no início e muito provavelmente uma cirurgia teria sido feita”, explicou Martin.
Mesmo analisando o corpo e fazendo testes genéticos não está claro como a genética é parecida entre casos diferentes de diphallia. Ou então se as descobertas feitas se aplicam também no único caso de triphallia.
Os médicos que trataram o bebê iraquiano não encontraram nada na história familiar ou médica da criança. Como por exemplo, exposição a medicamentos ou produtos químicos durante a gravidez que pudessem explicar a anomalia. Por isso, essa condição ainda segue um mistério.