Curiosidades

Dieta atlântica é a nova sensação. Ela é tão benéfica como a mediterrânea?

0

Nos dias atuais a busca por um estilo de vida mais saudável e hábitos alimentares positivos é o que a maioria das pessoas está querendo. Aumentar a expectativa de vida e se preocupar com o ‘como’ viverá os anos seguintes é quase regra atualmente. Justamente por isso que parece não existir mais lugar para aquelas dietas loucas, e as pessoas estão buscando formas saudáveis de perder peso.

Contudo, sempre surge uma nova dieta que acaba se tornando a queridinha do momento. Agora, é a chamada dieta atlântica. Ela tem uma abordagem baseada nos princípios da culinária tradicional da população do noroeste da Espanha e do norte de Portugal, que são lugares banhadas pelo Oceano Atlântico.

O que a caracteriza é sua variedade de grupos alimentares, além de incluir proteínas com um alto valor biológico, enfatizando os peixes e frutos do mar, vegetais e frutas frescas, nozes e sementes e usar o azeite como forma de gordura.

De acordo com Marília Zanier Gomes, médica especialista em endocrinologia e metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e docente da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), mesmo parecendo com a dieta mediterrânea, a atlântica é diferente porque tem laticínios e seus derivados, além de um consumo moderado de carne suína e cortes magros de boi.

Outro ponto a se levar em conta nessa dieta é o preparo dos alimentos, porque os ingredientes frescos, sazonais e locais são priorizados e sem uma interferência de industrializados. Segundo a nutricionista Juliana Casagrande, doutora em ciências dos alimentos pela Universidade de São Paulo (USP), grelhados, sopas e guisados são bem recomendados, como consumir vinho moderadamente.

Na dieta atlântica também é enfatizada a importância da prática regular de exercícios físicos. “É mais do que apenas uma dieta, é um estilo de vida”, comentou Casagrande.

Benefícios da dieta

Revista Notícias

Dentre os benefícios relacionados com a dieta atlântica estão: potencial perda de peso, redução do risco de doenças cardiovasculares e de outras condições relacionadas à saúde, como aterosclerose.

Esses benefícios foram comprovados por um estudo que acompanhou 250 famílias que fizeram essa dieta durante seis meses. Como resultado, foram vistas melhorias significativas em vários aspectos da saúde, como por exemplo, níveis de colesterol, pressão arterial, controle de açúcar no sangue e obesidade.

Conforme Filipe Oliveira de Brito, nutricionista e mestre em saúde coletiva pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), os benefícios estão relacionados com a exclusão de alimentos que são nocivos para a saúde.

“É uma dieta que tem efeito protetor, ou seja, ela faz bem porque você acaba ingerindo mais alimentos naturais que estão disponíveis historicamente no país e excluindo embutidos, doces e industrializados”, disse ele.

Como a dieta atlântica prioriza o consumo de peixes e frutos do mar, ela dá quantidades grandes de ácidos graxos ômega 3, que são essenciais para a saúde cerebral. De acordo com estudos, esse nutriente melhora a função cognitiva e reduz o risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

Ela também consegue regular a saciedade, o que naturalmente faz com que a pessoa ingira menos calorias e emagreça.

Como fazer

Revista Notícias

Essa dieta está alinhada com as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira. De acordo com Brito, a recomendação do guia é incluir uma variedade de carnes durante a semana, e dar ênfase no consumo de frutas e moderar no açúcar, sal e alimentos industrializados. E ter cereais integrais, como arroz, mandioca e batata-doce também é importante.

“Fica muito mais difícil fazer algo que está longe da sua realidade, por isso a dieta atlântica proporciona uma adesão mais fácil”, disse ele.

Ela é considerada uma dieta ligeiramente low carb, tendo a proporção de carboidratos variando entre 40% e 45%, em comparação com o padrão médio de outras dietas, que é normalmente entre 45% e 65%. Mas o foco da dieta atlântica é nos tipos e na frequência dos alimentos que são consumidos durante o dia ou da semana.

Essa dieta também tem a tendência de ter uma ingestão maior de gordura quando comparada com as recomendações da OMS. Por conta disso, quem tem um risco cardiovascular tem que ter cuidado ao segui-la porque o colesterol pode passar dos 400 mg por dia.

“É importante notar que, em relação ao colesterol, não há um limite rígido de ingestão para indivíduos saudáveis, desde que provenha de alimentos naturais. No entanto, para aqueles com risco cardiovascular, é recomendado limitar a ingestão de colesterol, geralmente abaixo de 300 mg por dia”, recomendou o nutricionista.

Para fazer a dieta atlântica a pessoa deve priorizar alimentos naturais de todos os grupos alimentares, com ênfase em peixes, crustáceos, mariscos, cereais integrais, castanhas, sementes, frutas e verduras variadas.

Fonte: VivaBem

Imagens: Revista Notícias

Mulheres brasileiras entram na menopausa aos 48 anos, em média

Artigo anterior

Juízes deram liberdade provisória para Daniel Alves. Entenda

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido