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Em São Paulo, cachorros de rua recebem cuidados em presídios

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Não é novidade que os animais despertam aquilo que há de melhor em nós. Nesse sentido, é comum que cachorros se integrem em Terapias Assistidas por Animais (TAA). Nestes processos, os pets servem no tratamento de pessoas hospitalizadas. Além disso, os bichos acompanham crianças e idosos que tenham necessidades específicas.

No entanto, a Justiça de São Paulo inovou na interação entre humanos e os animais. Agora, os Centros de detenção em Tremembé e Taubaté possuem canis em suas dependências. Nestes espaços, os presos podem se reintegrar socialmente. Ao mesmo tempo, cães abandonados recebem os devidos cuidados.

Desta forma, fica por conta dos detentos em regime semiaberto todo o processo de alimentação e limpeza dos dogs. Quem resgata os bichos é o Centro de Zoonoses da região, e semanalmente, os cachorros vão para feiras de adoção responsável.

Fonte: Darko Vojinovic/AP

Ressocialização e residência

Enquanto os cachorros recebem cuidados temporários nos dois presídios citados, outra prisão dá vida a casinhas para eles. Em Caraguatatuba, os detentos do Centro de Detenção Provisória da região constroem residências caninas. Basicamente, quem adota um animal tratado pelos presidiários leva de brinde um lar para abrigar o cão.

Da mesma forma, até o meio ambiente é beneficiado. Isso é dito pelo fato das moradias serem feitas de madeira reciclada. Esta provém das caixas que levam hortaliças e frutas ao presídio de Caraguatatuba. Deste modo, o projeto “Cão tem lar, cão tem casa” dá um melhor destino a este material.

A propósito, vale lembrar que essa iniciativa não gera custos. Os pregos, as lixas e os demais instrumentos provém de doações da sociedade civil. Além disso, as casinhas possuem três tamanhos. Isso leva em consideração a diversidade dos cachorros atendidos pela ação.

Fonte: SP Notícias

Precedentes

Certamente, não é primeira vez que seres humanos e animais se ajudam no encontro de uma nova vida. Nos Estados Unidos, o condado de Monroe hospeda uma verdadeira fazenda aos cuidados dos detentos. Sendo assim, redes de resgate do país inteiro enviam bichos em situação de abandono para o presídio da Flórida.

Lá, os presos prestam trato a mais de 150 animais. Entre as espécies atendidas, estão inclusos bichos-preguiças, emas, coelho, jabutis e até mesmo um cavalo miniatura. A iniciativa é sustentada por doações da comunidade. Ao mesmo tempo, esta ainda ganha uma opção de lazer.

Duas vezes por mês, a fazenda se abre para visitação pública. Na oportunidade, ela costuma receber cerca de 200 visitantes. Desta forma, tem-se o fortalecimento desta ideia iniciada 25 anos atrás.

Fonte: Hypeness

No estado vizinho à Flórida, na Geórgia, a interação entre animais e detentos também é explorada. Nesse sentido, o projeto “Jail Dogs” (Cães de Cadeia) permite que os presos adestrem cachorros violentos. Estes tinham como destino o sacrifício. No entanto, através do programa, ganham uma segunda chance juntamente com os presidiários.

Após 12 semanas de adestramento intensivo, os bichos são colocados para adoção. Neste período, os detentos são responsáveis pela educação e pelo cuidado dos animais. Como resultado disso, os presidiários ainda aprendem a profissão de adestrador. Isso facilita a reintegração deles à sociedade.

Benefícios da interação humano-animal

De acordo com o Portal Vet, os animais possuem um forte poder de alterar o comportamento humano. Basicamente, a interação com bichos pode deixar a pessoa mais calma, com mais foco em pensamentos prazerosos e menos reativa.

Além disso, cuidar de animais desenvolve no indivíduo um enorme senso de responsabilidade e, consequentemente, o cumprimento dos deveres permite a construção de autoestima. Tais benefícios são fundamentais no ressocialização de um infrator. Sendo assim, através dos projetos citados, as duas pontas da interação humano-animal se beneficiam.

Fonte: Vale News, Pais & Filhos, Hypeness, Portal Vet

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