A semana já começou com uma onda de frio intensificada em São Paulo, com a previsão de registrar a menor temperatura do mês já na segunda-feira (13). Porém, nos dias seguintes, pode-se esperar apenas uma subida pequena nos termômetros.
Dados da Defesa Civil do estado de São Paulo indicam que os termômetros podem marcar 2ºC em Itapeva e toda a Serra da Mantiqueira. Na Região Metropolitana, o número pode ser de 7ºC, com a máxima sendo 16ºC, segundo a previsão do Climatempo.
Assim, no resto na semana, as temperaturas mínimas irão variar entre 10ºC e 14ºC, com máximas que não ultrapassam 25ºC. No Sul, a frente fria pode proporcionar temperaturas de 0ºC e até menos.
De acordo com dados do Metsul, a tendência é de ter temperaturas baixas ao longo do dia, mesmo com a incidência do sol. Ainda de acordo com o instituto, as madrugadas do sábado, domingo e segunda-feira serão as mais geladas por conta de uma geada generalizada. Assim, essa geada deve atingir a maior parte do Centro-Sul do país.
Onda de frio atinge o país
Dessa forma, os primeiros impactos do frio de origem polar já começaram no sábado, quando a massa de ar chegou a congelar trechos da rodovia SC-390, em Santa Catarina. Portanto, a Polícia Militar Rodoviária do estado (PMRv) jogou 25 kg de sal para eliminar o gelo na Serra do Rio do Rastro, entre os municípios de Urubici, São Joaquim e Lauro Muller. De acordo com a Epagi/Ciram, a mínima chegou a -5,8 graus em Urupema e -4,16 graus em São Joaquim.
Já no Rio Grande do Sul, a menor temperatura de sábado foi de -3,6 em São José dos Ausentes. Porém, a sensação térmica era de -14,4ºC. Desse modo, no Paraná, registrou-se a temperatura mais baixa de todo o ano do estado. Em Palmas, região que costuma sentir mais o impacto do frio, os termômetros marcaram – 2,1ºC.
No entanto, o meteorologista Marcio Cataldi, da Universidade Federal Fluminense (UFF), reforça que o mês inteiro será mais frio em comparação com maio. “Teremos uma queda bem acentuada na temperatura, tanto na mínima quanto na máxima. O restante do mês não deve ser tão frio”, disse Cataldi.
La Niña
O frio está afetando o Brasil não só por causa da massa de ar polar. Isso porque um fenômeno que também afeta as temperaturas neste período do ano é o La Niña. Sendo assim, é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Tropical, o que influencia na incidência de chuvas nas regiões Norte e Nordeste. Contudo, também aumenta o risco de seca ou de chuvas irregulares na Região Sul.
Isso é perceptível ao observar que a chuva que atingiu São Paulo no começo da semana passada deve dar uma diminuída. Com nuvens e névoa ao amanhecer, não há previsão de precipitação até sábado (18), quando, segundo o MetSul, espera-se 15,4 milímetros de precipitações. No domingo, está previsto 34,2 milímetros.
No Nordeste, onde há estados que ainda se recuperam das chuvas do fim da maio, toda a parte leste da região deve se preparar para chuvas fortes e moderadas. Isso vale para Recife, que teve mais de 120 mortos em uma semana de chuvas e que se encontra em estado de observação para a possibilidade de mais deslizamentos de terra.
O frio também irá atingir a cidade do Rio de Janeiro no começo da semana, porém, em menor intensidade. As mínimas serão de 13ºC na segunda-feira. Já a partir de quinta-feira (16), os termômetros devem subir para 17ºC.
Mar agitado
Defesas civis do país emitiram alerta de ressaca em partes do Brasil. A Defesa Civil de São Paulo ressaltou que ondas de até três metros de altura podem atingir a região entre Santos e Cabo de São Tomé no início da semana.
Fonte: R7