Ciência e Tecnologia

Tumba encontrada entre mercado e bar é chamada de Tutancâmon inglês

0

Uma equipe de arqueólogos descobriu uma peculiar câmara funerária enterrada entre um bar e um supermercado Essex, na Inglaterra. O achado incrível tem sido apontando como a resposta britânica ao túmulo do faraó do antigo Egito, Tutancâmon. A descoberta da câmara se mostrou ser um dos maiores achados arqueológicos da era anglo-saxônica no Reino Unido. A partir dos objetos encontrados, é possível ter uma visão sem precedentes sobre o passado. Entender mais sobre as pessoas, a cultura e as artes daquela época

A antiga câmara funerária só foi descoberta em 2013, durante algumas obras em uma estrada perto de Southend. Os arqueólogos do Museu de Arqueologia de Londres (MOLA) foram os responsáveis pela descoberta do importante artefato. Após anos de trabalho, foi revelado que a câmara provavelmente pertenceu a um jovem príncipe anglo-saxão do final do século VI d.C. Sendo esse o mais antigo enterro cristão anglo-saxão que se tem conhecimento até os dias de hoje.

A descoberta

“Esta é uma das descobertas anglo-saxônicas mais significativas que este país já viu e por causa da atenção meticulosa aos detalhes dados ao escavar e registrar o enterro principesco de Prittlewell, uma equipe de especialistas foi capaz de revelar novos elementos da câmara funerária, detalhes sobre o homem enterrado e insights sobre as tradições anglo-saxônicas que nunca imaginamos possíveis”, disse Sophie Jackson, diretora de Pesquisa e Engajamento da MOLA, em um comunicado por e-mail.

A idade da sepultura foi identificada por meio de datação por radiocarbono modelado. O resultado sugeriu que o enterro foi entre 575 e 605 d.C. E essa informação foi confirmada posteriormente graças a algumas moedas presentes no túmulo que datam de 580 d.C.

Depois de todo esse tempo, apenas alguns fragmentos de esmalte dentário sobreviveram aos anos de corrosão. Só foi possível saber um pouco mais sobre a sua história graças aos muitos artefatos espalhados pela câmara. Foi preciso uma equipe de 40 arqueólogos para classificar todos os objetos.

Entre os mais interessantes, estava uma fivela de cinto de ouro, um jarro bizantino, uma tigela decorativa, vasos de vidro azul e cruzes cristãs de ouro. Os pesquisadores entenderam que isso é surpreendentemente cedo para um príncipe praticar o cristianismo na Inglaterra.

O príncipe

Levando em consideração o tamanho do caixão, os arqueólogos concluíram que se tratava de um jovem ou adolescente, de 1,73 metro de altura. Devido a riqueza de detalhes e artefatos em seu enterro fica evidente que o homem ali enterrado fazia parte de uma linhagem principesca ou aristocrática. No entanto, não tem como descobrir a sua real identidade, pelo menos não até agora.

As primeiras impressões de que esse túmulo poderia pertencer ao rei Saebert, o primeiro rei saxão do Leste a se converter ao cristianismo, que morreu em 616 d.C, já foram descartadas. Mas os especialistas suspeitam que possivelmente seja algum parente do rei Saebert, como por exemplo de seu irmão, Seaxa.

“Esta câmara funerária foi uma descoberta emocionante em 2003 e, ao longo dos anos, tem lentamente cedido seus segredos”, disse Duncan Wilson, diretor executivo da Historic England. “A gama de objetos requintados descobertos aqui, agora com cerca de 1400 anos de idade e alguns deles representando os únicos exemplos sobreviventes de sua espécie, estão nos dando uma visão extraordinária sobre o artesanato e a cultura anglo-sax”.

E você, o que achou dessa descoberta? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

Rumores indicam qual será o papel de Idris Elba no novo Esquadrão Suicida

Artigo anterior

7 imagens mais difíceis de terem sido tiradas

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido