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7 implicações cruéis do último episódio de Game of Thrones

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Embora toda a trama em volta de quem ganharia o jogo dos tronos tenha acabado, ainda há muitos questionamentos. Se David Benioff e D. B. Weiss acharam que após o fim de Game of Thrones, os fãs ficariam em paz, estavam enganados. Ainda mais levando em consideração o encerramento da série, responsável por gerar uma onda de decepção coletiva. A oitava temporada da produção da HBO foi marcada por dois fatores: mortes inconvenientes e a inconveniência de personagens que deveriam ter morrido (ou permanecido mortos). Em meio à toda a bagunça provocada pela pressa dos roteiristas em concluir o programa, é normal que muitas pessoas tenham deixado alguma informação passar despercebida.

Com a gradativa decadência na qualidade da série, nos acostumamos a esperar o pior. Em meio à críticas ruins, petições online e a negligência dos produtores com GOT, acabamos não percebendo pequenas referências escondidas. O último episódio mesmo sendo um desastre ainda conseguiu bater um recorde de audiência. Nele, se os acontecimentos em primeiro plano forem ignorados, é possível encontrar pistas do destino dos personagens nas entrelinhas. Por isso, selecionamos 7 implicações cruéis que você pode não ter notado no episódio final de Game of Thrones.

7 – Os Imaculados foram condenados

Após, por algum motivo, deixar os dois responsáveis pela morte da Daenerys vivos. Verme Cinzento decidiu levar os Imaculados para Naath, a terra natal de Missandei. O objetivo do guerreiro é levar proteção ao local onde o povo supostamente foi escravizado. O único problema é que a ilha de Naath já conta com uma defesa natural que pode acabar sendo o fim dos combatentes. Naath é o habitat de uma espécie de borboleta transmissora de uma doença infecciosa. A infecção causada pelo inseto é tão mortal que nenhum dos invasores que tentaram saquear a ilha conseguiu sobreviver. Qualquer pessoa que não seja nativa de Naath e pise na ilha está fadada à um trágico fim. Talvez o ato romântico do líder dos Imaculados não tenha sido uma boa ideia.

6 – O Pequeno Conselho é, em sua maior parte, inútil

A coroação de Bran veio acompanhada de Tyrion como Mão do Rei. O Lannister provavelmente foi o responsável por escolher os integrantes do Pequeno Conselho, mostrado nos minutos finais. Bronn foi nomeado Mestre da Moeda. Brienne se tornou Lorde Comandante da Guarda Real (incluso o exército). Sam Tarly assumiu a função de Grande Mestre de Porto Real. Sor Davos passou a administrar as embarcações como Mestre dos Navios. A primeira vista está tudo bem. Mas não é preciso se esforçar muito pra perceber que quase todos os integrantes foram contratados para trabalhos onde eles não tem domínio. Bran chegou a mencionar os vários erros de Tyrion como suas qualificações.

Bronn basicamente recebeu o cargo por não ter matado os irmãos Lannister. Corrupção em Westeros, nada novo no mundo. No entanto, ele é provavelmente o personagem mais ganancioso e sem escrúpulos da série. Ele mesmo chegou a dizer que usaria o ouro para reconstruir os bordéis da cidade. Qual o sentido de dar à ele a chave para o tesouro real? Sam é muito inteligente mas possui zero capacidade para tomar decisões assertivas. Davos era um contrabandista honrado, mas tirando isso sua experiência com navios não é das melhores. Se Game of Thrones não tivesse perdido a coerência a partir da sexta temporada, Tyrion nem estaria vivo depois de todos seus conselhos e decisões erradas. A única integrante efetiva no Conselho é Brienne. Foi emocionante ver os azarados sendo reconhecidos, mas desse jeito Porto Real vai sair das cinzas e entrar direto numa crise.

5 – O fim da Casa Stark

Todos os quatro membros restantes da Casa Stark tiveram finais felizes. Tirando o fato de que Jon foi exilado, Bran é um rei tão inútil quanto seu Pequeno Conselho e Arya se afastou da família novamente, todos conseguiram conquistar seus objetivos de certa forma. Todavia, a linhagem de Ned Stark pode não continuar por gerações futuras. Arya não tem interesses românticos e se vier a ter filhos, eles seriam bastardos ou receberiam o nome do pai. Sansa, mesmo sendo Rainha do Norte, perderia seu nome ao se casar. Jon voltou ao celibato e provavelmente dessa vez ele não quebra mais o voto. Por último, mas não menos importante, Sansa explanou para os maiores representantes de Westeros que Bran não pode ter filhos. Portanto, descanse em paz, Casa Stark.

4 – O que aconteceu com os seguidores de Daenerys?

Após assistir Daenerys se tornar a Rainha Louca devido a falta de bom-senso de D&D e ver Jon Snow matá-la de uma forma tão fajuta quanto o roteiro, a única opção ao nosso alcance foi abraçar a aceitação. No entanto, o que aconteceu com as milhares de pessoas leais à Rainha dos Dragões? Deixando de lado os Dothraki e Imaculados, assim como o povo das Ilhas de Ferro, é preciso lembrar que muitos seguidores de Dany foram esquecidos. Antes de partir para Westeros, a Targaryen deixou em Meereen parte de seus Dothraki e Imaculados, além Daario Naharis e os Segundos Filhos. Como eles reagiriam à notícia de que sua amada governante foi morta e os responsáveis saíram ilesos? Naharis levaria isso pro lado pessoal e com certeza buscaria vingança.

3 – Drogon está vagando por aí

Após errar a mira a queimar o Trono de Ferro ao invés de Jon Snow, Drogon simplesmente pegou o corpo de Daenerys e saiu voando. Dany era a única pessoa capaz de controlar Drogon, e já foi mostrado na série o potencial letal do dragão. Com a morte dela, ele simplesmente tem o resto da vida para sair fazendo todas as peripécias reptilianas que tiver vontade. Se ele quiser sair por aí queimando cidades, nada poderá impedi-lo. E se o dragão decidir voltar e queimar Porto Real de novo? Foi mostrado que Bran estava tentando rastreá-lo, mas o que o garoto faria se o encontrasse? Nunca saberemos.

2 – Bran vive por muitos anos

A solução mais democrática encontrada pelos representantes de Westeros foi selecionar um novo rei após a morte do atual governante. Esse foi o pilar que serviu de base para o inicio do reinado de Bran. No entanto, parece que todos se esqueceram do motivo pelo qual elegeram o Stark. Sendo o Corvo de Três Olhos ele carrega consigo as histórias do mundo, mas também uma extensa longevidade. O que significa que todos vão morrer antes dele já que o antecessor de Bran viveu por aproximadamente mil anos até ser morto pelo Rei da Noite. A extensão do tempo de governo não seria um problema se Bran realmente quisesse ser rei. Mas como as decisões ficam nas mãos do Pequeno Conselho, essa monarquia infinita vai render muitos problemas.

1 – Foi tudo resultado de uma falta de imaginação

No fim das contas, recebemos um final pragmático e previsível, totalmente inconsistente com o que foi apresentado no começo da série. A narrativa de Daenerys, mesmo que fizesse sentido, foi contada de forma desleixada e o “felizes para sempre” de muitos dos personagens foi contraditório. A obra sempre contou com subversão e quebra de expectativas. Quando a abordagem era realizada de forma coerente, não importava se decapitassem um personagem querido ou realizassem um massacre horrível num banquete de casamento. Era impossível sentir raiva ou decepção porque o encanto pela genialidade narrativa era muito maior. Tudo era um incrível jogo político.

Quando os roteiristas não tiveram mais como se apoiar nas obras originais de George R. R. Martin, tudo se perdeu. O escritor nunca teria desenvolvido um final previsível assim. Ver Bran sentado no trono foi uma escolha pragmática resultando apenas em uma democracia e integração de um sistema de água potável. Pode ter sido bom para o reino, mas foi insatisfatório para a audiência. Mesmo com a falta de material de base, D&D poderiam ter realizado tantas coisas incríveis, afinal, é uma série de fantasia, o que não falta é liberdade criativa. Ao optarem por um caminho seguro eles acabaram se perdendo mais do que se tivessem arriscado.

Se não podiam contar com os livros de Martin, poderiam ter se apoiado nas teorias dos fãs, a internet está cheia delas. Muitas rendem debates incríveis e proporcionariam ótimas adaptações. Acontece que não tivemos uma exploração do Azor Ahai, o objetivo do Senhor da Luz e de suas sacerdotisas foi deixado de lado, Bran não wargou nenhum dragão, Arya não matou Cersei e assim por diante. O final foi o menos Game of Thrones possível e essa certamente foi a implicação mais cruel da série.

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