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Bill Gates está investindo em pesquisas que podem salvar a humanidade, entenda

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Bill Gates é um empresário, investidor e filantropo bastante conhecido. As pessoas achavam o homem um pouco estranho e talvez tenha sido isso que tenha levado o fundador da Microsoft aos computadores. E atualmente, Gates ainda tem suas peculiaridades, mas agora o seu fascínio é pelo intestino humano.

Em novembro de 2018, Bill Gates levou um pote de cocô para o palco de uma de suas palestras em Pequim e o propósito dele era demonstrar que era possível haver trilhões de partículas de vírus, bactérias e ovos de vermes parasitas dentro dele.

E o interesse do fundador da Microsoft pela digestão vai além dos tipos de bactérias que são presentes em nosso organismo. O bilionário disse, recentemente, que acha que podemos renovar o funcionamento interno de nossas entranhas se semearmos as colônias microbianas que vivem dentro de nós.

“Uma coisa que as pessoas não estão esperando um avanço em que eu estou bastante otimista, vamos conseguir um avanço na compreensão da nutrição”, disse Gates. E para ele, a maneira de fazer é hackear o microbioma.

O microbioma diversificado nos dá um desenvolvimento saudável. Mas a boa nutrição é um problema bastante grande e crescente tanto nos países ricos como nos pobres. Das 22,2% das crianças menores de cinco anos no mundo, cerca de 150 milhões são raquíticas, o que mostra que elas não estão crescendo e se desenvolvendo de forma saudável por causa da má nutrição e infecções. Enquanto isso, as outras 5,6% ou 38 milhões, estão acima do peso.

E o que faz com que essas crianças não se desenvolvam é o microbioma não robusto. E ele é uma mistura de bactérias, vírus e fungos que vivem dentro do intestino, órgão com mais de dois milhões de genes que é mais do que o genoma humano.

O microbioma de uma pessoa começa no nascimento, quando o intestino é estéril de um bebê é exposto pela primeira vez aos micróbios da mãe, ali cerca de 300 a 500 espécies de bactérias vão colonizar o ambiente. O enriquecimento desse microbioma é ajudado pelo leite materno rico em nutrientes e todas as outras coisas que os bebês colocam em suas bocas.

Mas se esse microbioma não se desenvolve conforme tem que ser, pode gerar várias consequências a longo prazo, como por exemplo na maneira em que as pessoas processam os alimentos e isso leva a um crescimento retardado em uma extremidade ou à obesidade.

E o tempo que as colônias microbianas levam para se estabilizar nos bebês é de um ano, o que significa que os primeiros meses de vida deles são o tempo essencial para que ele seja desenvolvido de maneira rica.

E é nosso microbioma que nos determina quanto de nutrição podemos obter dos alimentos que comemos. E em países onde a desnutrição é um problema, as crianças, muitas vezes, não recebem os nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável, como por exemplo o ferro, vitamina A, zinco e iodo.

Tratamento

Segundo Gates pensa, algum dia um pó probiótico, comido ou algum tipo de terapia microbiana poderia resolver os problemas nutricionais através da introdução de algumas bactérias que faltam nas entranhas das pessoas.

“Na verdade, estamos tentando intervir com isso, para que os intestinos das crianças não se queixem, então eles podem crescer”, disse.

A Fundação Bill e Melinda Gates espera que em breve os cientistas consigam criar um tratamento barato para microbiomas e que seja bastante complexo e melhor do que apenas comer iogurte. Segundo a fundação, essas novas terapias incluiriam “um número substancialmente maior de cepas comensais difíceis de cultivar” de bactérias. A equipe recebeu um primeiro financiamento de 100 mil dólares e se tiverem sucesso, eles podem conseguir até um milhão de dólares em dinheiro para suas novas terapias intestinais.

A fundação de Bill Gates já investiu em um pó probiótico para bebês chamado Evibo, que é misturado com leite materno e pode ajudar os bebês a reparar e melhorar o microbioma intestinal. E ele serve para ajudar os bebês desnutridos a aumentarem seu metabolismo e desenvolverem um sistema imunológico robusto.

E outro projeto que a fundação financia é voltado para alimentos dirigidos por microbiota direcionado à crianças desnutridas em Bangaldesh. Segundo os nutricionistas, regras fechadas para serem aplicadas a todos igualmente não existem quando se trata de dietas porque cada corpo tem o seu microbioma. “Agora sabemos que não há dieta ou intervenção alimentar que seja correta para todos, ou mesmo para um indivíduo durante toda a sua vida”, escreveu um grupo de pesquisadores em um artigo publicado no The Lancet, em janeiro.

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