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Brasileira fica presa na Itália por conta da pandemia e se casa com indiano

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O que era para ser um plano de viagem se tornou um plano de vida. Foi assim que aconteceu com Juliany Dal Bianco, mato-grossense que estava na Itália a passeio. Com as restrições de viagem, ela não tinha como retornar ao Brasil, e foi nesse momento que ela se apegou ao indiano Jashan Preet Singh.

Com isso, eles formaram um casal, o qual oficializou o matrimônio nos dias 1º e 2º de abril. A fisioterapeuta destaca o choque de culturas não só entre ela e seu esposo, mas também entre as famílias indianas e ítalo-brasileiras.

Fonte: Reprodução

Prisão sem grade

Juliany é bisneta de italianos, o que lhe dá a cidadania deste país do sul da Europa. Sendo assim, ela sempre teve vontade de conhecer a terra de seus ancestrais. Por isso, em 2019, ela viajou para a Itália com o objetivo de ver com seus próprios olhos o lugar em que sua família se construiu.

Todavia, assim que os quatro meses venceram, havia um obstáculo em seu retorno para Cuiabá. Basicamente, o surto de Covid-19 se iniciou e a região em que ela estava era o foco nacional da doença. Estamos falando da cidade de Brescia, que fica no norte da Itália e que sofreu com o início da pandemia.

“A região que estou foi onde tudo começou, na Itália. No início da pandemia, foi um pânico geral, fiquei com muito medo. Fiquei presa em casa, sem trabalhar, sozinha, sem saber a dimensão que era e o que esperar”, relata Juliany ao G1.

Além disso, ela tinha planos de ir para a Irlanda aprender a língua inglesa, mas seu planos mudaram completamente com a entrada de Jashan em sua vida. Mesmo morando em cidades diferentes, a brasileira e o indiano estavam em contato o tempo todo, momento em que ela conseguia suporte em meio a tantas incertezas. “Ele foi minha força durante todo esse período difícil de insegurança. Nos falávamos o dia inteiro. Sem ele, tudo teria sido muito mais difícil”, conta ela.

Fonte: Andrea Piacquadio

Nos dias atuais, ela se sente bem mais ambientada à Itália, e espera a emissão do documento que lhe dá o direito de praticar a fisioterapia por lá. Enquanto isso, ela retira seu sustento do trabalho de babá. Por outro lado, Jashan vive no país desde os 7 anos e está estabelecido no ramo de web designer.

Cerimônia de casamento 

Em síntese, o casamento dos dois foi um choque de culturas. A princípio, Juliany é católica, enquanto seu marido segue a religião Sikh, uma espécie de fusão entre o islamismo e o hinduísmo.

Dessa forma, a cerimônia do matrimônio precisou ter dois momentos: uma aos moldes da cultura do noivo e uma seguindo os costumes da noiva. De início, no dia 1º de abril a celebração se deu em uma igreja Sikh. Em seguida, os convidados (família e amigos) se dirigiram a um restaurante indiano. No dia seguinte, a celebração se deu em cartório civil com a sequência das festividades em um restaurante italiano.

Fonte: Reprodução

De acordo com Juliany, esse momento foi mágico por unir as culturas indiana, italiana e brasileira. “Meus pais e meus amigos que moram na Itália conseguiram conhecer um pouco da cultura indiana, que é rica de rituais e detalhes. Conseguimos unir um pouco dos três mundos: Índia, Itália e Brasil. Foi muito interessante e especial”, relata a fisioterapeuta brasileira.

Inclusive, o casal teve que adiar a cerimônia diversas vezes por conta da mesma pandemia que lhes uniu. Agora, finalmente foi possível juntar familiares e amigos de ambas as partes dessa bela relação. A propósito, Jashan é o primeiro de sua família a se casar com uma não-indiana, fato que gerou uma certa resistência inicial entre os ancestrais do rapaz.

“A família dele precisou de um período para se acostumar com a ideia, pois eles têm medo de que os valores de família e da cultura se percam com o tempo”, explica Juliany.

Fonte: G1.

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