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Erupção de vulcão em Tonga pode aquecer temporariamente a Terra

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Em janeiro desse ano aconteceu uma erupção no arquipélago de Tonga. Ela lançou uma nuvem de vapor de água na atmosfera do nosso planeta que é capaz de influenciar, temporariamente, o clima da Terra. Mais especificamente, o vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, localizado no Oceano Pacífico Sul, expeliu uma quantidade de água que dava para encher mais de 58 mil piscinas olímpicas. Essa erupção foi considerada mais potente que a bomba de Hiroshima.

Esse vapor que se originou da erupção do vulcão foi detectado pelo Microwave Limb Sounder (MLS), da NASA, que é o responsável por medir emissões de gases atmosféricos.

De acordo com o estudo a respeito da erupção na hidratação da atmosfera, esse fenômeno pode acabar aquecendo a superfície da Terra temporariamente. No entanto, os pesquisadores não fizeram uma previsão de qual seria o impacto exato nos termômetros, e nem qual seria o tempo exato que essa influência no clima duraria.

Erupção

O estudo feito examina a quantidade de vapor de água que o vulcão Tonga expeliu para a estratosfera, a camada que fica entre 12 e 53 quilômetros acima da superfície do nosso planeta.

“Nunca vimos nada parecido”, disse Luis Millán, cientista atmosférico do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa no sul da Califórnia e líder do estudo.

O estrago feito por essa erupção pode ser visto pelas imagens de satélite capturadas de antes e depois. A erupção do vulcão deixou mortos no Peru e pôde ser sentida até no Alasca.

A estimativa dos pesquisadores é que foram lançados aproximadamente 146 teragramas, sendo que 1 teragrama equivale a um trilhão de gramas, de vapor d’água na estratosfera. Essa quantidade representa 10% do vapor presente nessa camada.

Efeitos

erupção

G1

Depois da erupção, a equipe do MLS começou a notar leituras de vapor de água que estavam fora dos gráficos padrão. “Tivemos que inspecionar cuidadosamente todas as medições para garantir que fossem confiáveis”, disse Millán.

Toda essa magnitude vista só foi possível por conta da formação subaquática do vulcão. A caldeira é uma depressão em forma de bacia, normalmente formada após a erupção de magma, e no caso do Tonga, ela fica localizada em uma profundidade no oceano que fez que fosse possível essa expulsão gigante de vapor.

O curioso é que é muito raro uma erupção ter essa capacidade. Para se ter uma ideia, nos 18 anos que a NASA recolhe esses dados, somente duas outras erupções tiveram a capacidade de expelir quantidade significativa de vapor para altitudes tão altas. A primeira foi o evento Kasatochi, em 2008, no Alasca, e a segunda foi a erupção Calbuco, em 2015, no Chile.

Contudo, o vapor de água dessas erupções se dissipou bem rápido, enquanto o que foi expelido pelo Tonga irá ficar na atmosfera por vários anos.

Consequências

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G1

Essa erupção submarina teve seus efeitos. Ela causou tsunamis e pôde ser ouvida até nos Estados Unidos, por conta do estrondo sônico que circulou o globo duas vezes.

Outra consequência dessa erupção é que o vapor pode influenciar a química atmosférica. Ele pode aumentar as reações que podem acelerar a destruição da camada de ozônio temporariamente.

Além disso, esse fenômeno se soma ao aumento crescente da temperatura no nosso planeta. E de acordo com os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), as temperaturas de todo mundo estão subindo por causa das atividades humanas.

Depois que uma erupção acontece, o mais comum é que aconteça um resfriamento da atmosfera, já que as cinzas expelidas pelos vulcões refletem a luz solar de volta para o espaço. Entretanto, no caso do Tonga, as cinzas tóxicas emitidas por ele contaminaram as reservas de água,  as colheitas foram destruídas e pelo menos duas aldeias foram varridas do mapa.

Fonte: G1

Imagens: G1

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