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Indonésia: vulcão Anak Krakatoa entra em erupção

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Morar perto de um vulcão ativo nunca é fácil e quem pode falar melhor disso é a população da Indonésia. Basicamente, o país asiático possui cerca de 130 formações vulcânicas em atividade, e o último incômodo aconteceu neste domingo (24), com a erupção do Anak Krakatoa.

Nos últimos dias, essa caldeira expeliu cinzas pelo menos 21 vezes. Porém, o evento do fim de semana foi o de maior magnitude, afinal, as nuvens de pó cinzento alcançaram os 3 mil metros de altura. Por isso, as autoridades pedem que a população utilize máscaras e recomenda que as pessoas não se aproximem da zona de exclusão do vulcão, região essa com 2 km de raio.

Fonte: El Ghazali / Barcroft Media

Atividade recente 

A princípio, vale lembrar que a Indonésia consiste em um arquipélago com 17 mil ilhas. Nesse sentido, o Anak Karakatoa fica no estreito entre duas delas: Java (que abriga a capital Jacarta) e Sumatra. É desse local que uma grande nuvem de cinzas está se formando e viajando para outras partes do país.

No entanto, não é nenhuma surpresa essa atividade. Isso porque este vulcão tem recorrentes erupções desde 1927, as quais não geravam danos à população em volta dele, pelo menos até 2018. Neste ano, a explosão do Anak Krakatoa gerou um tsunami na Ilha de Java que matou 430 pessoas.

Posteriormente, em 2020, uma nova atividade foi registrada, porém, sem fatalidades. Mesmo assim, moradores de Jacarta, há 150 km da formação vulcânica, disseram que ouviram os barulhos das explosões, que lançaram cinzas a 500 metros de altura.

Sendo assim, a atividade de 2022 chama atenção por lançar pó cinzento até o patamar de 3 mil metros de altura. E como já se sabe, quanto mais alta a nuvem de cinzas, mais fácil é para ela viajar pela atmosfera. Enfim, é essa a realidade de quem vive no Anel de Fogo do Pacífico, região com vários encontros entre placas tectônicas. Como resultado disso, mais de 450 vulcões se abrigam nessa zona e cerca de 90% dos terremotos do mundo acontecem nessa região. Esta extensão abriga países como Estados Unidos, Filipinas, Japão, e principalmente, Indonésia.

Fonte: Descomplica

Krakatoa

A propósito, o nome Anak Krakatoa não é lá muito criativo, pois no idioma indonésio, essa denominação significa “Filho de Krakatoa”. Ou seja, havia um vulcão antes dele chamado Krakatoa, do qual ele é um descendente.

Em suma, essa lógica se conecta bem com a história deste vulcão. Afinal, o Anak surgiu na caldeira que se formou após a erupção de seu pai em 1883, evento trágico que retirou as vidas de 35 mil pessoas. Além disso, há registros de perda de audição devido ao barulho da explosão de lava neste desastre do século 19.

O fato é que esse colapso final deu origem ao Anak Krakatoa, com 300 metros acima do nível do mar. Isso porque a placa tectônica do vulcão original se afundou, e como resultado disso, esse movimento soergueu a plataforma que se encontrou com ela no início da erupção.

Fonte: BBC

Dessa forma, a Indonésia vive em constante estado de alerta, não só pelo medo da lava alcançar pessoas e moradias, mas também pelos efeitos ambientais dos vulcões. Em síntese, as formações vulcânicas também expelem vapor de água e gases. Estes, ao entrar em contato com mananciais, podem acidificar o seu leito e impossibilitar a vida naquele ecossistema.

Inclusive, um exemplo desse processo ocorreu há 250 milhões de anos, de acordo com um estudo publicado em 2015 na revista Science. A investigação demonstra que uma atividade vulcânica matou 90% das espécies marinhas globais existentes na época.

Além disso, após o contato da lava com a atmosfera, ela esfria e se torna uma rocha ígnea. O acúmulo desta pode amassar plantações e comprometer os cultivos de um povo que depende das lavouras para se alimentar.

Fonte: G1, Agência Econordeste.

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