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Por mais que muitos não acreditem nisso, pequenas ações podem mudar o dia de uma pessoa e até mesmo a sua vida. Algumas delas podem parecer boas ações a princípio, só que depois descobrimos que a pessoa não queria de fato ajudar o outro, mas sim levar uma vantagem, como foi o caso dessa mulher, que criou uma vaquinha online para ajudar um morador de rua e acabou embolsando o dinheiro.
Na segunda-feira dessa semana, a Justiça dos Estados Unidos condenou Katelyn McClure, uma americana de 32 anos, a um ano e um dia de prisão justamente por ter feito a vaquinha, teoricamente, para o morador de rua, mas ter ela mesma gastado o dinheiro.
Vaquinha
G1
Em 2017, a mulher e o seu ex-namorado, Mark D’Amico, abriram uma campanha de vaquinha virtual para, na teoria, ajudar o morador de rua Johnny Bobbitt. De acordo com Katelyn, um dia ela estava dirigindo em uma estrada e ficou sem gasolina. Nesse momento, Bobbitt teria a ajudado com 20 dólares que ele tinha em seu bolso, e era todo o seu dinheiro.
Depois desse ocorrido, o casal abriu uma vaquinha virtual chamada Pagando para Frente para ajudar Bobbitt. Teoricamente, todas as doações iriam para o morador de rua. A meta era chegar a 10 mil dólares. Contudo, eles conseguiram arrecadar 40 vezes mais, totalizando 400 mil dólares doados para Bobbitt. Ao todo, mais de 14 mil pessoas doaram dinheiro.
Mesmo a intenção sendo boa, segundo a Justiça dos EUA, tudo era mentira. A mulher não ficou sem gasolina e o morador de rua não gastou todo seu dinheiro para ajudá-la. Tudo não passava de uma história para sensibilizar as pessoas para que elas doassem dinheiro.
Embolsaram o dinheiro
ABC7 New York
O casal transferiu todo o dinheiro arrecadado na vaquinha para suas próprias conta. Com o valor, eles compraram joias, foram para Las Vegas e compraram uma BMW.
O morador de rua realmente existia. No entanto, ele só ficou sabendo da campanha quando ainda tinha pouco dinheiro arrecadado. Tanto que o casal abriu uma conta para ele e depositou 25 mil dólares.
A mulher se declarou culpada. E por conta da condenação, a Justiça ordenou que Katelyn vai ter que restituir os 400 mil dólares. O seu ex-namorado, Mark D’Amico, também admitiu ser culpado e está cumprindo pena de dois anos e três meses.
Além deles, o morador de rua também se declarou culpado e está aguardando a Justiça decidir qual será sua pena.
Ajuda virtual
Vakinha
Claro que nem todas as iniciativas para ajudar uma pessoa são mentira. Como por exemplo, esse caso que aconteceu no Rio de Janeiro em 2019. No começo de abril daquele ano, no dia 8, aconteceu a maior chuva em 22 anos, segundo o sistema Alerta Rio. A tempestade deixou vários bairros da cidade alagados e provocou inúmeros acidentes e mortes.
Mas entre todo o caos que foi visto provocado pela chuva, uma boa ação chamou a atenção das pessoas. O vídeo que viralizou mostra um guardador de carros de rua ajudando uma senhora a atravessar a rua que estava completamente alagada. Ele usou duas caixas para criar uma ponte para que ela não molhasse seus pés.
O homem é conhecido como Capoeira. E depois que a cena viralizou, algumas pessoas criaram polêmica encima dela. Para alguns, a senhora não agradeceu de maneira correta o guardador. Mas Capoeira defendeu a senhora. Segundo ele, ela não só agradeceu como também deu um dinheiro para ele.
Foi apenas com a intenção de ajudar que o guardador de carros Varlei Rocha Alves, de 50 anos, o Capoeira, fez sua boa ação. Mas ele não sabia que uma vaquinha online tinha sido criada para ajudar o homem a comprar uma casa própria.
E em menos de 12 horas depois de ser lançada, a vaquinha já tinha atingido o valor pretendido. O objetivo era arrecadar 40 mil reais, mas o valor arrecadado já passava dos 100 mil. E ao contrário do caso dessa mulher nos EUA, todo valor arrecadado foi dado ao homem para que ele realizasse seu sonho.
Fonte: G1,
Imagens: G1, ABC7 New York, Vakinha
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