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O que explica o aumento de motos elétricas na rua?

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Basta 20 minutos fora de casa em uma grande metrópole para ver uma delas parar do seu lado na hora que está no trânsito… As motos elétricas chegaram para ficar e deslocar. Nesse sentido, a venda e o emplacamento desse tipo de veículo atingem patamares nunca antes vistos.

De acordo com a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entre janeiro e maio, 3.062 motos elétricas receberam emplacamento. Isso representa um aumento de 878% quando se compara com o mesmo período no ano passado. Ou seja, em um ano, a adesão a esse tipo de transporte cresceu cerca de nove vezes.

Fonte: Divulgação

Sustentável e econômica

Quem agradece esse aumento é a mãe natureza, uma vez que as motos elétricas não emitem gases poluentes na forma como fazem as motos convencionais. A propósito, estas, em São Paulo, foram responsáveis por 21% de toda a emissão que se deu na cidade.

No entanto, nem sempre a adoção dessa nova opção de deslocamento segue uma intenção ambiental. Na verdade, as pessoas costumam gostar da praticidade e da economia que esses veículos oferecem, conforme fica nítido no comentário de um personal trainer de Curitiba, Ênio Santos, em entrevista ao G1.

“Vendi meu carro e fiquei dois anos andando de patinete. Como eu precisava percorrer distâncias mais longas, preferi investir em uma moto elétrica. Eu comprei também pela sustentabilidade, ser um carro a menos na rua, menos poluição. Tudo isso fez com que eu optasse por um veículo elétrico”.

Nesse sentido, todas as noites ele recarrega o meio de transporte na tomada da garagem de casa, sem perder tempo e dinheiro em postos de gasolina. Sendo assim, no outro dia, ele consegue percorrer de 30 km a 40 km com uma carga, o que é adequado para sua realidade.

Fonte: Scooter Elétrica Goiânia

Apesar de se tornarem visíveis com certa facilidade, as motos elétricas ainda representam apenas 0,59% do total de motos que existem no país. Segundo Flávia Consoni, professora do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp, explica que, ainda assim, a adoção da eletromobilidade faz parte de uma mudança de hábito.

“É um hábito. Muda-se o hábito. Agora, você não para mais no posto, você tem que conectar numa tomada e por ser um levíssimo é muito mais fácil também”, explica a pesquisadora.

Mudança de hábito

Dessa forma, o que pode explicar a não viralização dos carros elétricos no Brasil, já que essa forma de transporte já existe há um certo tempo? Conforme defende Flávia Consoni, esses veículos de quatro rodas ainda não agradam ao bolso do brasileiro, já que eles são mais caros e demoram a ter um retorno econômico.

“Além disso, aquelas empresas que dependem muito de motos, como empresas de entrega, estão vendo o apelo mercadológico por essas práticas ESG [Governança Ambiental, Social e Corporativa] e resultados que são contabilizados na prática”.

Todavia, apesar do atrativo sustentável, isso não significa que as motos elétricas possuem um impacto zero na nossa já tão demandada natureza. Isso porque as baterias que lhe sustentam são fabricadas através do lítio, elemento mineral que, em contato com ar e água, libera gases tóxicos.

Fonte: Prepara Enem

Ou seja, para que as motos elétricas tenham um efeito ambiental positivo de forma relevante, é preciso que exista uma forma de reaproveitar esse composto.

“Essa logística reversa, para a mobilidade elétrica, é um sistema muito completo. Você tem pouca perda. Você reaproveita muito e o que você não reaproveita, você recicla”, explica Daniel Guth. Ele é pesquisador em políticas de mobilidade urbana e diretor executivo da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike).

Em média, a bateria de uma moto elétrica funciona bem por cerca de cinco anos. Em seguida, ela não serve mais para mover uma estrutura tão grande como uma moto junto de um motorista. No entanto, o lítio que está dentro dela ainda tem muito uso em lâmpadas de iluminação solar e baterias industriais.

Fonte: G1, Prepara Enem.

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