Ciência e Tecnologia

Sonda que viaja fora do Sistema Solar emite dados misteriosos

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Fora da casinha, é assim que estão os dados do Sistema de Articulação e Controle de Atitude da sonda Voyager 1. Basicamente, os cientistas não conseguem saber o que está acontecendo com o equipamento pois os dados de sua orientação espacial não fazem sentido científico. Ou seja, as informações sobre o que está acontecendo com a sonda parecem ser geradas de forma aleatória.

Apesar desse problema, o objeto espacial continua respondendo bem aos comandos dos estudiosos. Sendo assim, a humanidade continua captando informações sobre como são as coisas fora do sistema solar.

Fonte: Nasa

Cadê tu Voyager 1? 

Até o momento, a sonda Voyager 1 é o objeto espacial com criação humana que está mais longe da Terra. Em suma, essa sonda fica no espaço interestelar, que se encontra a cerca 23,3 bilhões de quilômetros daqui.

Portanto, é muito importante saber de tudo o que acontece com a jornada deste equipamento. Por isso, os cientistas desenvolveram um Sistema de Articulação e Controle de Altitude (AACS), o qual fornece dados sobre a orientação espacial da Voyager 1.

Nesse sentido, o impasse que se dá no momento é porque essas informações estão chegando sem muita lógica. Segundo a equipe de pesquisadores, os dados não refletem nenhum estado possível em que o AACS possa estar.

Ou seja, ninguém sabe o que está acontecendo com nossa amiga de outro sistema solar. Isso dificulta o posicionamento da antena, por exemplo, a qual precisa sempre se voltar em direção à Terra.

Fonte: Nasa

No entanto, a Nasa acredita que está acontecendo tudo nos conformes por lá. Afinal, a sonda tem respondido e executado os comandos sem muitos problemas. Além disso, o sinal nem sequer enfraqueceu, o que mostra que a antena está na direção em que deve estar.

Soluções

Sendo assim, a agência espacial vai buscar saber se esses sinais misteriosos são da própria sonda ou de outras estruturas de comunicação. A gerente dos projetos Voyager 1 e Voyager 2 aponta algumas teses.

“A espaçonave tem quase 45 anos, o que está muito além do que os idealizadores da missão anteciparam. Também estamos no espaço interestelar – um ambiente de alta radiação que nenhuma sonda esteve antes. Portanto, temos alguns grandes desafios para a equipe de engenharia. Mas acho que, se houver uma maneira de resolver esse problema do AACS, nossa equipe vai descobrir”, diz ela em comunicado

Por outro lado, a cientista não descarta a chance do grupo de estudiosos não identificar o problema. Mesmo assim, ela explica que ainda há adaptações que podem ser feitas. Duas delas são mudanças no software e adoção de sistemas de localização.

Fonte: pixabay

Sondas gêmeas

De início, as missões Voyager 1 e Voyager 2 foram lançadas em 1977 com o objetivo inicial de conhecerem Júpiter e Saturno. Por volta da década de 80, o instrumento foi ainda mais longe, chegando até Plutão.

Dessa forma, em 1990, a sonda estava com todos os seus objetivos concluídos. Logo, surgiu a brecha para que o objeto fosse além do sistema solar: era a Missão Interestrelar Voyager. Então, durante a década de 2000, os dois equipamento já se encontravam cruzando a fronteira do sistema solar com o espaço interestrelar.

A propósito, por estar muito longe do Sol, não é possível às duas sondas irmãs utilizarem a energia solar para abastecer suas atividades. Por isso, elas se valem de um gerador de energia nuclear em sua estrutura.

Fonte: Nasa

Durante a prolongada estadia nessa zona, a Voyager 2 conseguiu informações que indicam que o sistema solar é um espaço achatado. Dessa forma, a Voyager 1 detectou tempestades em Saturno com ventos que atingiam 5 mil km/h, uma patamar recorde.

Por fim, destaca-se também a função de levar até outras vidas algumas informações sobre a humanidade. Por isso, na sonda há um disco fonográfico de 12 polegadas, os quais carregam sons daqui da Terra.

Fonte: G1.

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