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A vergonha de Pensilvânia, a trágica história de um hospital dos EUA

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Os manicômios são vistos como lugares assustadores por diversas pessoas, principalmente, após serem abordados em diversas produções cinematográficas. Para quem não sabe, o lugar nada mais é do que uma casa de recuperação para pessoas com algum distúrbio mental.

Normalmente, nesses abrigos, os pacientes se submetem à atividades físicas e psicológicas. Porém, existem, assim como nos filmes e séries, histórias tremendamente assustadoras, que aconteceram nesses lugares e assustam pessoas até os dias de hoje. E lugares que já foram manicômios, em algum tempo do passado, quase sempre, escondem alguma coisa.

Por décadas, as pessoas incapazes de viver em sociedade eram colocadas nesses hospitais psiquiátricos que, às vezes, chegavam a ter milhares de pacientes. E nem todos os transtornos mentais eram tratados com repeito e cuidado.

Dizer que os pacientes eram mal tratados não chega nem perto do que realmente acontecia dentro das instalações desses lugares. Muitas vezes, os pacientes eram mantidos em condições quase insalubres e sofriam abusos emocionais e físicos.

Foi apenas no fim da década de 1950 é que essa realidade começou a mudar, porque várias pessoas relataram os abusos que eram feitos nessas instituições. Na década seguinte, muitos asilos foram fechados e deixados vagos. Mas há quem diga que os fantasmas das pessoas ainda habitavam as instalações.

Asilo

Um desses asilos era o Pennhurst Asylum, que também era chamado de Pennhurst State School e Hospital. O lugar foi construído em 1903, e financiado pelo Estado para abrigar pessoas que eram consideradas como portadoras de “mente fraca”. E por esse motivo, não eram capazes de funcionar em sociedade.

Dentre as pessoas que iam para o Pennhurst Asylum, estavam pessoas com deficiência física ou mental, pessoas com anormalidades físicas ou psicológicas, surdos, mudos e cegos. Também iam para lá as pessoas que tinham hábitos ofensivos e fala imperfeita.

Quando os pacientes entravam na instituição, eles eram classificados fisicamente como imbecis ou insanos, mentalmente como saudáveis ou epiléticos e detentores de dentes ruins, pobres ou não tratados.

Com o passar do tempo, a instituição seria pressionada a abrigar e manter imigrantes, criminosos e órfãos. Isso virou a solução para que a sociedade se livrasse de todos os “indesejáveis”. O campus dessa instituição funcionava como uma cidade independente e seus residentes completavam as tarefas necessárias para administrar sua pequena sociedade.

Horrores

Em 1913, a legislatura criou uma Comissão para o Cuidado dos Fracos de espírito. Esta, por sua vez, declarou que os indivíduos com deficiências eram inaptos para a cidadania e uma ameaça à paz. Ela exigia que as pessoas fossem colocadas sob custódia do governo.

A “vergonha da Pensilvânia”, como Pennhurst Asylum era conhecido, foi construída principalmente para ser uma escola e um hospital, mas se tornou um dos hospícios mais horríveis do país.
Originalmente, o asilo foi construído para abrigar 500 pacientes. Mas até o ano de 1912, a instituição já estava superlotada e os funcionários não conseguiam prestar os devidos cuidados para cada paciente. Na década de 1960, Pennhurst Asylum abrigava 2791 pessoas.

Antes da superlotação crônica, o abuso dos pacientes já era uma realidade e se manteve até os portões serem fechados. A equipe do asilo amarrava os pacientes em suas camas por horas, se não o dia todo.

Os pacientes chegavam a passar o dia todo em suas fezes. E aqueles que mostravam agressividade eram frequentemente drogados para que ficassem mais calmos. Essas coisas não eram as piores. Pacientes que tinham mordido outros, tinham os dentes arrancados.

Os maus-tratos continuaram, assim como as condições anti-higiênicas, desumanas e perigosas. Em 1968, um jovem repórter fez uma série de TV a respeito. Foi apenas a partir daí, que a maioria das pessoas ouviu falar da instituição e de seus horrores.

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